Sinopse:
Alice (Mia Wasikowska) retorna após uma longa viagem pelo mundo, e reencontra a mãe. No casarão de uma grande festa, ela percebe a presença de um espelho mágico. A jovem atravessa o objeto e retorna ao País das Maravilhas, onde descobre que o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) corre risco de morte após fazer uma descoberta sobre seu passado. Para salvar o amigo, Alice deve conversar com o Tempo (Sacha Baron Cohen) para voltar às vésperas de um evento traumático e mudar o destino do Chapeleiro. Nesta aventura, também descobre um trauma que separou as irmãs Rainha Branca (Anne Hathaway) e Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter).
Não há como voltar atrás, o tema principal de Alice Através do Espelho, que se aplica também a sua existência enquanto filme. Depois do sucesso de Alice no País das Maravilhas, em 2010, um dos poucos filmes que ultrapassaram a barreira de $1 bilhão nas bilheterias mundiais, uma sequência era inevitável, mesmo sem a presença de Tim Burton na cadeira de diretor.
Com uma mistura de sentimentalismo e fantasia, Alice Através do Espelho, acaba sendo maravilhoso. O filme é uma continuação da história anterior, Alice no País das Maravilhas, e traz novas emoções e situações tanto para o público quanto para a heroína.
Depois de recusar o pedido de casamento de Hamish, Alice está de volta de sua aventura nos mares á procura de novos produtos para serem comercializados em Londres á bordo do Wonderland – o navio de seu pai. Ela se tornou uma competente capitã e, finalmente, pôde viver uma aventura como o seu pai um dia viveu, e encontrar uma conexão com ele, acredito que até mesmo foi uma forma para que ela pudesse superar o luto. Porém, sua volta a Londres é recheada de surpresas nada agradáveis e o tempo parece não estar ao seu favor, todos ao seu redor parecem querer lembra-la disso. Além de sua vida pessoal em Londres estar imensamente complicada, ela recebe, novamente, o chamado do mundo subterrâneo: seu melhor amigo precisa se ajuda!
Dessa vez, o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) achou um chapéu pequeno e amassado no chão e tal objeto mudou seu humor completamente. Alice (Mia Wasikowska) é chamada do “mundo real” para ajudar seus amigos do País das Maravilhas a fazer o Chapeleiro voltar a ser ele mesmo.
O Chapeleiro está extremamente doente e apenas aquela que acredita em até seis coisas impossíveis antes do café da manhã pode salvá-lo. É assim que Alice vai travar uma batalha com o Tempo, e sim, o tempo é um homem! Gostei muito da interpretação da personalidade do tempo, ficou bem interessante.
Para isso, Alice terá que enfrentar um personagem cruel, o tão odiado Tempo (Sacha Baron Cohen). Sim, ele é literalmente a personificação do tempo. Alice irá conversar com ele para tentar modificar o passado e ajudar o Chapeleiro a ficar bem, pois, caso contrário, ele poderá morrer.
Junto com Alice vamos conhecer o passado dos personagens do mundo subterrâneo e o que levou todos ao que são na atualidade: vamos conhecer inclusive o passado das rainhas que brigam pelo reinado do mundo subterrâneo. Falando nas rainhas, o tempo não é a única pessoa com que Alice precisa se preocupar, ela também mais uma vez se verá cara a cara com a Rainha Vermelha, Iracebeth, que dessa vez está mais furiosa do que nunca e com sede de vingança.
O Gato de Cheshire, Tweedledee e Tweedledum, o Coelho Branco e a Lagarta dão conselhos à menina, e, dentre os aliados, a Rainha Branca (Anne Hathaway) é a única humana. Mais um ponto em que a animação do filme, assim como ocorreu com o anterior, não desaponta. É um mundo de imaginação que nunca acaba. Também não podemos esquecer da arqui-inimiga de Alice, a Rainha Vermelha ( Helena Bonham Carter), que tem sua personalidade explorada durante a trama.
Dentre tantos outros aspectos relevantes do filme, o que mais chama atenção é o foco na mulher como personagem principal, um empoderamento necessário. Alice, indo totalmente contra as regras da sociedade vigente na época em que vive, ajuda o público jovem e o adulto a compreender que a mulher tem tanto direito de fazer o que quiser quanto o homem. Isso é algo que nem deveria ter que ser explicado, mas torna-se necessário, infelizmente, mesmo nos dias de hoje. Tal abordagem fica visível em algumas frases machistas e abusivas que são prontamente rejeitadas pela heroína, fazendo com que até mesmo a Disney repense o conceito de “princesas”…
Recomendo ir ver Alice Através do Espelho com a mente bem aberta para absorver toda a insanidade que o filme pode proporcionar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário