Existe um jeito certo e um jeito errado de ser solteiro, além disso... existe Alice. E Robin. Lucy. Meg. Tom. David. A cidade de Nova York está cheia de corações solitários que buscam o par ideal, seja ele uma conexão de amor, uma ficada, ou alguma coisa no meio disso. E em algum lugar entre essas mensagens provocantes e saídas de uma noite só, o que todos esses solitários têm em comum é a necessidade de aprender a ser solteiro em um mundo cheio de constantes evoluções sobre a definição do amor. Badalar na cidade que nunca dorme nunca foi tão divertido.
Se ao ler o título você acha que Como ser solteira é uma comédia nonsense em que um grupo de amigas sai por aí para se divertir, transar e beber, você errou! E confesso que também pensei a mesma coisa, mas o filme talvez me surpreendeu positivamente.
Com um toque de Idas e Vindas do Amor, em que vários personagens diferentes aparecem, Alice (Dakota Johnson de Cinquenta Tons de Cinza) é claramente a protagonista do longa e depois de 4 anos de namoro resolve dar um tempo para entrar em uma jornada de autoconhecimento. Assim, Alice vai morar em Nova Iorque, conhece Robin (Rebel Wilson), transa com Tom (Anders Holm) e acredita que já pode voltar com o noivo, que já viveu experiências suficientes.
No entanto, como previsível, Josh (Nicholas Braun) encontra outra pessoa e sinceramente no lugar dele não sei se encararia muito bem o tempo pedido por Alice. Ninguém é obrigado a ficar aguardando os outros se conhecer melhor para casar. Com esse baque, Alice precisará aprender como viver solteira por um tempo indeterminado e para isso conta com a ajuda de sua amiga Robin, uma moça muito louca que nunca se lembra com quem transou, mas vive a vida intensamente.
Alice acaba desenvolvendo uma amizade colorida com Tom, um personagem que jamais se envolve realmente com ninguém, até conhecer Lucy (Alison Brie) e começar a se interessar verdadeiramente por ela. Lucy não quer ser solteira, quer casar e ter filho e por isso tenta encontrar sua alma gêmea em sites de relacionamentos usando a internet do bar de Tom. O longa também apresenta a história da irmã de Alice, Meg (Leslie Mann), uma médica que só se interessa por sua carreira, mas um dia resolve ser mãe.
O filme provavelmente vai atrair um público mais jovem por causa do elenco e do contexto dos personagens em geral. Basicamente, temos histórias de homens e mulheres que possuem formas bastantes diferentes de verem a vida e seu status social. Temos uma jovem que se forma e quer um tempo entre ela e seu namorado de longa data, uma médica experiente que vive para o trabalho e descobre que quer ser mãe, uma mulher que tenta achar o cara certo por meio de sites de relacionamento (e nunca consegue obviamente) e uma outra que sai para a gandaia quase que todos os dias. À parte dessas personagens principais, temos alguns homens que são explorados, especialmente um charmoso dono de bar.
Quando vi o trailer pensei que seria apenas uma comédia para rir, se divertir e ponto. No entanto, por mais que sejam várias reviravoltas no roteiro e o longa fique demasiado cansativo por causa disso, devo dizer que o conteúdo me agradou bastante. Nada profundo ou novo sobre o tema em si, só que os papéis são carismáticos e suas respectivas vidas nos envolvem no decorrer da produção. A maioria muda de certa forma, e para caminhos bem diferentes que imaginavam, algo que pode se conectar conosco. Afinal, quem nunca pensou que sua vida seria de um jeito e acabou sendo de outro? Ou que tinha um determinado modo de viver e o mudou depois?
Como esperado, Wilson é quem mais nos faz rir, pois ela tem, como de costume, o papel mais escrachado e sem noção. Johnson é uma garota mais contida, em alguns momentos me lembrando um pouco de sua Anastasia Steele. Mas ela se solta bem mais! E como o foco da produção é nela, vemos melhor a sua transformação na tela. Os demais têm suas qualidades também e, mesmo sendo coadjuvantes, até nos tocam mais, como o do ator Damon Wayans Jr. A química entre Mann e Jake Lacy também é adorável.
E o melhor de tudo: Como Ser Solteira não é previsível. Se não me engano, dois casais pareciam que ficariam juntos no fim caso os clichês fossem aplicados, mas nada disso. Fiquei aliviada que os autores surpreenderam nesse quesito e o desfecho que eles tiveram faz bastante sentido no fim das contas. Na verdade, começamos com diversos solteiros e terminamos com alguns que continuam na mesma e outros que mudam para o próximo nível. Ou até mais. Afinal, depende de cada um se é bom ou não ser solteiro (a), apesar de poder ser divertidíssimo como vemos na tela!
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