Sinopse:
Desde que era pequena, Rebecca tinha uma porção de medos, especialmente quando as luzes se apagavam. Ela acreditava ser perseguida pela figura de uma mulher e anos mais tarde seu irmão mais novo começa a sofrer do mesmo problema. Juntos eles descobrem que a aparição está ligada à mãe deles, Rebecca começa a investigar o caso e chega perto de conhecer a terrível verdade.
Você tem medo do escuro? Ela mexe com a nossa imaginação fértil, né? Faz a gente enxergar coisas que não existem, cutuca o medo que estava adormecido e as emoções vão à flor da pele. Quem nunca teve medo do escuro e se escondeu debaixo das cobertas, não sabe o que é aquele típico medo da infância. É com esse sentimento que o filme Quando As Luzes Se Apagam brinca. Neste caso, ele assusta o espectador.
No filme, uma entidade assustadora aparece sempre que as luzes se apagam. Se existe uma sombra, a entidade está lá, se o local é iluminado, ela desaparece. Quem é pego pela criatura não tem um destino muito agradável.
Esta assombração está tirando o sono de um garoto, mas ele questiona a própria sanidade porque sua mãe tem um histórico psiquiátrico e parece ter uma amiga imaginária. A irmã mais velha do menino percebe nos medos do irmão a mesma criatura que tirava seu sono quando tinha a mesma idade. Resta saber se o histórico familiar tem qualquer ligação com o monstro que vive nas sombras e dá a si mesma o nome de Diana.
Sophie (Maria Bello), é a mãe depressiva de Rebecca (Teresa Palmer) e Martin (Gabriel Bateman). Ela tem uma relação muito íntima com Diana, a entidade que não está presa à casa, mas presa a mente de Sophie. Qualquer pessoa que tente fazer Sophie melhorar da depressão, que tente afasta-la de Diana, corre perigo de vida, pos Diana só existe se, de certa forma, Sophie alimentar uma fé na mesma. O problema é que isso afasta completamente a família, já que Diana é possessiva desde que era uma criança viva em um hospital psiquiátrico, quando as duas se conheceram.
Sophie foi diagnosticada com depressão e Diana foi encontrada no porão escuro de sua casa, próxima ao corpo do pai que havia escrito “ela está na minha cabeça” com sangue na parede, antes de se suicidar. Diana tem uma doença muito peculiar: é sensível a luz. Sua pele fica aparentemente queimada quando é exposta a qualquer tipo de iluminação, além de parecer ter o estranho dom de “entrar” na mente das pessoas e influenciar sempre que conseguir.
Neste caso, ela funciona muito bem: primeiro porque, se o seu monstro aparece sempre que há escuridão, isso significa que os protagonistas precisarão se cercar de luz dia e noite para se protegerem – e isso, em si, já é bastante assustador. Segundo porque existe um contexto familiar conturbado que permeia toda a história e evolui junto com os sustos, criando um arco completo que amarra todas as pontas no final.
Quando a família resolve se livrar de Diana, vivem um verdadeiro caos: São ruídos estranhos, perseguições dentro da própria casa, gritos, portas rangendo e unhas afiadíssimas cortando paredes, assoalhos e peles. E então, dois personagens que poderíamos encarar como previsíveis, não são. O quase namorado de Rebecca, Bret (Alexander DiPersia) que de início parecia dispensável, ajuda a família mesmo sem haver um vínculo definido e concreto entre eles, sendo uma peça chave e Sophie, que acaba se rebelando mesmo contra Diana, para proteger a família.
Os filhos tentam conversar e convencer a mãe que a presença da criatura não é para o bem, e esta só está presente devido a fraqueza emocional dela, deixar de tomar os remédios e permitir que ela domine sua vida, acreditando ser uma amiga. Essa materialização da depressão ocorrida no filme é interessante.. É como se os monstros da sua mente se tornassem reais conforme os tratamentos são deixados de lado, e eles se tornam cada vez mais fortes e você, cada vez mais dependente deles.
O filme, entretanto, não foge de lugares-comuns: estão ali as frases de efeito, chantagens emocionais, intervenções policiais (geralmente inúteis quando se tratam de fenômenos sobrenaturais), porões, criancinhas excessivamente maduras e outros clichês. Isso, porém, é compensado pela simplicidade da trama e dos efeitos e pela qualidade da história.
Ele é um daqueles filmes de terror clássicos, onde os sustos são ajudados pela trilha sonora e você muitas vezes sabe onde estará a próxima cena assustadora, mas com atuações acima da média e um roteiro competente, você passará um tempo divertido na sala escura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário