Drácula Veste Dior.

Pense em um livro sobre moda, cheio de humor e referências a vampiros, isso é “Drácula veste Dior”! Scarlet Stoker é nome da autora, embora fictício (uma alusão a Bram Stoker, autor de “Drácula”), tem até foto na orelha do livro (escondendo o rosto, é claro, mas com muito estilo).

A autora AMA o Brasil! No livro há 4 capítulos dedicados exclusivamente a exaltação da beleza e cultura brasileira, que são:

- Biquínis Brasileiros
- Carnaval
- Cirurgias Plásticas
- Modelos Brasileiras

Nesses capítulos ela usa daquele estereótipo de que tudo aqui é carnaval, festa, gente bonita, cheia de amor pra dar. Mas mesmo assim também mostra respeito e admiração ao país, aquela visão idealizada que os estrangeiros tem de nós.

“Adoro vampiros brasileiros. Se você ainda não os conhece pessoalmente, deve tratar de fazê-lo. Além de sexy e capazes de se divertir como se não houvesse amanhã, ninguém consegue vestir um biquíni ou uma sunga como eles. Diferentemente de seus primos europeus ou americanos, que ás vezes demonstram preguiça na questão fitness, os brasileiros continuam a malhar muito, embora sejam mortos-vivos. Quer dançando samba, quer jogando futebol, quer se submetendo a cirurgias plásticas, todos se empenham em algo para manter a forma, atitude pela qual merecem aplausos.”

Tem um capítulo inteiro dedicado a “Crepúsculo”, ela exalta o estilo de Edward, dizendo que ele enche de orgulho por ser um vampiro adolescente que sabe se vestir bem e cita suas boas escolhas Fashion. Mas ela também detona a falta de estilo de Bella.

“Bella, querida, digo isso porque me importo. Se você vai ser amante do vampiro mais desejado do mundo, será necessário ser glamourosa. Casaco de capuz? Tênis no baile de formatura? Aquela mesma jaqueta marrom sem graça dia após dia? ”

E não pode faltar, é claro, um capítulo dedicado a Christian Dior, que a autora se refere como príncipe, rei e imperador da moda. Ela fala sobre suas principais criações, sua marca e etc. E cita sua frase memorável: “Simplicidade, bom gosto e esmero são os três fundamentos do vestir-se bem, e não custam dinheiro.”

No capítulo de “Inspirações” ela cita filmes e programas de TV essenciais para a sua educação fashion, “Gossip Girl” e “Sex and City” estão na lista. E critica a moda démodé que aplicam aos vampiros clássicos em filmes e séries, nos quais eles só vestem preto e são muito fora de moda. A única exceção a regra é a série “True Blood” na qual ela diz:

“Todos podem aprender muito com os vampiros Bill e Eric nessa brilhante série de TV. A maneira como Bill veste roupas Henleys e camisas amarrotadas, e o amor de Eric por jaquetas de couro e ternos bem cortados, humilha qualquer humano. Até Pam enche nossas irmãs mortas-vivas de orgulho com seus trajes inspirados em Chanel.”

A autora faz uma lista de peças clássicas que são “must-haves” no guarda-roupas de qualquer vampiro e explica a necessidade delas: bolsas Hermès, tubinho preto, blazer azul-marinho, salto agulha Louboutin, trench coat, terninho Chanel, calça skinny, Dior, jaqueta do namorado, terno risca de giz, jaqueta de couro, jeans de grife, saia lápis, mini vestido, perolas e etc. E ai quais desses você já tem?

É possível também verificar dicas de viagens, etiqueta, jóias, lingerie, tudo muito engraçado, mas que no fundo tem sentido, não é apenas uma “zoação”, da pra pegar umas boas dicas de moda e estilo lá.

Drácula veste Dior é um guia bem-humorado sobre moda e comportamento no século XXI para vampiros, aspirantes ou simples mortais, recheado de comentários ácidos e divertidos. Afinal, como diz Scarlett Stoker, “se o diabo veste Prada, Drácula pode vestir Dior”.

Se você gosta de vampiros, quer rir muito e ainda conseguir alguns toques sobre moda, não perca “Drácula veste Dior”, recomendo!