Sinopse:
Após um acidente de carro na floresta, o pequeno Pete (Oakes Fegley) fica órfão. Ele logo é encontrado pelo dragão Elliot, que passa a protegê-lo. Seis anos se passam e a dupla está na mais perfeita sintonia, vivendo na floresta sem que alguém os tenha notado, já que Elliot possui a capacidade de se camuflar. Só que, um dia, Pete encontra o relógio da guarda florestal Grace Meacham (Bryce Dallas Howard). Ele passa a vê-la de longe, em um descampado onde uma madeireira está trabalhando, mas é descoberto pela jovem Natalie (Oona Laurence), que resolve segui-lo. A situação faz com que Pete seja descoberto e, após sofrer um acidente onde fica desacordado, é levado para o hospital. A situação deixa Elliot desnorteado, ao ponto de deixar seu lar à procura do menino.
A cena de introdução do filme já pode fazer os mais sensíveis se emocionar. Em uma viagem o garotinho Peter, de quatro anos, perde os pais em um acidente de carro e sozinho na floresta conhece um dragão, que ele chama de Elliot, uma referência ao livro que estava lendo no momento do acidente. Seis anos depois vemos Peter e o dragão numa amizade bonita de extremo companheirismo, mas é visível que o garoto, agora com 10 anos, sente falta dos humanos. Peter se comunica bem, já até sabia ler quando ficou só na floresta, mas não precisa de palavras para entender seu amigo Elliot, que nunca foi descoberto porque tem o poder de se camuflar.
Durante anos, o velho escultor de madeira Mr. Meacham (Robert Redford) tem encantado crianças locais com suas histórias sobre o temível dragão que mora no meio da floresta do Noroeste do Pacífico. Para sua filha, Grace (Bryce Dallas Howard), que trabalha como guarda florestal, essas histórias são pouco mais do que histórias fantásticas...até que ela conhece Pete..
Pete é um misterioso garoto sem família, nem casa, que diz viver na floresta com um dragão gigante e verde. E segundo as descrições de Pete, Elliot parece ser extremamente semelhante ao dragão das histórias de Mr. Meacham. Com a ajuda de Natalie (Oona Laurence), uma garota de 11 anos cujo pai Jack (Wes Bentley) é dono da madeireira local, Grace parte em busca de descobrir de onde Pete veio, onde é o seu lugar e a verdade sobre esse dragão.
Natalie (Oona Laurence) o encontra na Floresta. A menina é filha de Jack (Wes Bentley) namorado da guarda florestal Grace (Bryce Dallas Howard) e sócio da empresa que extrai madeiras da floresta. Jack e seu irmão Gavin (Karl Urban) discutem constantemente devido aos locais de exploração, já que Gavin não se preocupa muito com a natureza.
Quando Natalie encontra Peter, Grace tem uma ligação imediata com o garotinho, mesmo porque seu pai, personagem de Robert Redford, sempre afirmou que viu um dragão na Floresta, mas ninguém nunca acreditou. A partir de então, a história se desenvolve em descobrir quem é Peter e começa uma enorme caçada, iniciada por Gavin, para prender Elliot.
Meu amigo, o dragão apresenta elementos que já vimos em filmes como Mogli: aventura, companheirismo com os animais e proteção a natureza. Adicionando isso a um toque de magia na história trazida pelo personagem de Elliot. Para embarcar no enredo é preciso embarcar na fantasia, acreditar que apesar de absurdo, um dragão vive de fato na floresta. Porém, ao contrário de Mogli, o longa tem menos cenas de ação, a não ser pela sequência final, tendo um ritmo às vezes mais lento, principalmente nas cenas que introduz a amizade de Peter e Elliot.
É perceptível que a proposta do filme não é mostrar algo infantil repleto de diálogos engraçados ou cenas mais rápidas. A dinâmica aqui é outra, é mais reflexiva, com tons mais dramáticos em que é possível se emocionar verdadeiramente com Peter se sentindo acuado na cidade ou com Elliot tentando se libertar de seus predadores. Temos um claro vilão, Gavin, e uma clássica mocinha, Grace, e neste quesito os personagens não fogem dos padrões clichês, muitas vezes até necessários em filmes do gênero.
Em Meu amigo, o dragão, ainda que não seja um longa que impressiona por originalidade, pode impressionar pela dramaticidade em alguns momentos, com uma boa trilha sonora, excelente fotografia e um enredo simples, mas que pode comover tantos os adultos como as crianças.
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